quarta-feira, 17 de março de 2010

YuBliss


Eu não deveria ter ficado surpreso, afinal, YuBliss é uma rede social onde se cadastra e entra quem quer. Mas ao ver um recado do zelador do meu condomínio no meu perfil do YuBliss tomei um susto! E mandei um recado de volta!

__Marcos, mas o que você está fazendo aqui? Como foi que me descobriu aqui?

__Ah patrãozinho, tinha um link esquisito (sic) no seu Skype eu cliquei e achei o YuBliss. Daí o senhor já veio logo conversando comigo – na verdade ele viu o recado automático de recepção do site, que usa o meu avatar. E sabe que eu to gostando? Não to entendendo muito bem mas to gostando.

__Ah é, tá gostando do YuBliss? Me explica isso.

__ Não, sabe o que é, eu quero estudar psicanálise e…

__Psicanálise, você quer estudar psicanálise?

__Quero sim, Chico, primeiro vou fazer Teologia e depois estudar psicanálise, que eu quero entender o ser humano.

__Mas Marcos, me explica de onde veio esse seu interesse pelo ser humano.

__Sabe o que é, patrãozinho, no meu serviço militar eu fui pro Haiti…

Nessas alturas eu já estava reconsiderando, completamente, minha imagem daquele rapaz de origem humilde, com apenas 23 anos, dois deles servindo nas forças e paz no Haiti. E ato contínuo, percebi que YuBliss já está querendo andar sozinho, encontrando usuários vibrando na frequencia da nossa proposta. E quem são estes usuários? O que eles tem de comum? Quem é que se sente atraído pelo YuBliss?

Foram essas as nossas discussões, ontem, no Parque do Ibirapuera, onde se encontraram alguns YuBlissers, num piquenique proposto pela usuária Shankari. Era pra ser um algo bem informal, sem programação definida. Minha desculpa particular para ir ao encontro era a de passar um domingo diferente, conhecer pessoas, sair de casa e da frente do laptop. Mas, para minha surpresa o foco das conversas foi o YuBliss. Sentamo-nos em círculo e, agora eu não me lembro quem propos, mas começamos a falar sobre o site, o que era que tinhamos em comum e o que é que gostavamos em YuBliss.

A mais ativa e animada tomou a dianteira e disse que nunca encontrou, em site algum, ressonância para suas propostas. Era como se estivesse falando sozinha, o contrário do que ela vive hoje em YuBliss. Outro disse que enxerga YuBliss como um facho de luz nesse mundo sombrio e que uma das coisas que mais faz no site, além de seguir recados de outros usuários, é usar as histórias do SURPREENDA-ME como oráculos para o seu dia a dia. Este cara que usa o site como oráculo deve gostar muito do YuBliss, pois levou ao encontro sua filha de 12 anos com a intenção de que ela participe como usuária!

Um deles, o mais deslumbrado e encantado de todos, disse que YuBliss é tudo, que é demais, e que não tem palavras para descrever a importância do site em sua vida. Outro disse que YuBliss congrega pessoas inquietas, que não estão satisfeitas com o que a vida lhes apresenta e querem mais e melhor. Dois deles se sentiram culpados por passar mais tempo em Farmville do Facebook do que em YuBliss.

No fim das contas, ficou claro que um diferencial de YuBliss é o conteúdo e o ambiente de respeito que há nas discussões. E, para mim, o momento mais tocante, foi quando um usuário vindo do Rio de Janeiro, revelou que o nome que usava no site era falso e que agora ao conhecer os usuários pessoalmente não fazia mais sentido se esconder. Este carioca, que na verdade é nascido no Egito, quis participar do encontro como parte do seu momento de re-socialização que está vivendo. Eu fiquei emocionado. Pena que o Chico Abelha, encarregado de registrar em video este momentos, esqueceu-se de apertar o botão do RECORD, e estes momentos ficarão apenas nos corações e mentes de quem foi ao Ibirapuera…

Ah, em tempo, houve até musica ao vivo no encontro! O Chico Pereira levou seu sax e nos brindou, entre outras, com a canção Somewhere Over the Rainbow, que escutamos enquanto caia uma providencial chuva refrescante de fim de tarde…



domingo, 24 de janeiro de 2010

Novidades no YuBliss!

Olá pessoal,

O YuBliss acabou de lançar uma novidade: agora temos blogs de usuários.

Dentre nossos blogueiros iniciais temos Luiz Biajoni, Guiraldelli, Paulo Urban, Leila Míccolis, Patricia Lucchesi e Chico Abelha.

E este próprio blog agora terá um novo endereço: http://www.yubliss.com/blog/6022.

Venha conhecer nossa nova página inicial e nossos blogs.

Encontre gente na mesma jornada que você!

Equipe do YuBliss.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Recriando o mundo todo dia, as 6:50 em ponto

Bom dia.

Nos últimos dias, rolou a discussão em Yubliss "Criacionismo versus Teoria da Evolução".

Sou cientista, então minha escolha natural seria a Evolução. Mas estou aprendendo que a escolha natural nem sempre é a melhor.

Então pensei... e se eu fosse Criacionista? Se eu aceitar que o mundo foi criado com intenção, que não evoluiu do caos por puro acaso. Qual seria minha teoria?

Decidi que o mundo é criado todo dia, as 6:50 em ponto. Ele é criado como é hoje, com todos os registros históricos, fósseis, e pensamentos na nossa cabeça. Achamos que ele já existia ontem, mas é pura ilusão.

Científicamente falando, a boa teoria é aquela que adequadamente explica nossas observações e que sobrevive tentativas de ser desprovada. Acho minha a teoria da re-criação diária melhor que a do Darwin.

Então, já que o Ano Novo se aproxima, vamos todos re-criar o mundo toda manhã e fazê-lo melhor a cada dia.

Bom Ano Novo para todos em Yubliss.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Biodanza - O Corpo Vivo



por Monica Vilhena

"Vou convidá-lo para uma sessão virtual de Biodanza. Acho que pode ser mais ilustrativo do que tentar passar um monte de informações teóricas.

Imagine que você entra numa sala grande confortável, com varias pessoas – homens e mulheres sentados no chão em roda falando sobre o que vivenciou durante a sessão anterior. A troca de experiências e o relato vivencial chamamos “intimidade verbal”. Neste momento, cada um ou aquele que desejar relata a sua experiência e pode acrescentar outros dados de sua vida. Não se faz análise ou se busca explicações para isso ou aquilo. Apenas contamos uns aos outros, o que sentimos e o grupo ouve afetivamente.

Afeto, escuta e aceitação sem buscar explicar nada.. Esse é o substrato básico para todo o trabalho de Biodanza. O profundo respeito pelo outro, como é, do jeito que é. Não é uma sessão de psicoterapia. È a escuta afetiva, é o coração e não a mente que vai nos guiar. Portanto não se analisa nem se busca explicações. Apenas se ouve com o coração.

Sentindo o próximo momento, o facilitador então propõe o tema da sessão ou então passa diretamente ao convite para formar-se uma roda.

Em geral começamos por uma roda. Arquétipo universal do movimento da vida: circular, sistêmica; cada elemento faz parte do todo e o todo é composto por todos os elementos. Começa aqui a grande ciranda da vida. Ligados pelas mãos, unidos pelo olhar a energia vai rolando entre as pessoas e sem nos darmos conta uma alegria vai emergindo dentro de cada um e contagiando o grupo.

Ah! Claro, a música tem tudo a ver com isso. O grande indutor universal da emoção. Uma música rítmica, alegre, com uma letra positiva, amorosa, sensual, afetiva. Pode também ser uma música mais melódica, que induza os movimentos mais fluidos, quase ondulantes em que todo o grupo desliza sinuosamente pela sala. Cada música e cada exercício vai evocar um movimento e com ele uma emoção.

A proposta seguinte pode ser uma sincronização rítmica, por exemplo. De mãos dadas, frente a frente o meu ritmo vai sincronizar-se com o ritmo da pessoa que eu convidei para dançar. Nasce um diálogo entre os movimentos, onde a escuta está presente, mas, nasce também um terceiro ritmo, que não é mais o meu, nem o da pessoa. É o nosso ritmo. Propositalmente, o facilitador propõe uma troca. Novo diálogo psicotonico, nova adaptação, nova emoção. O meu corpo está me falando o tempo todo dessas mudanças. Percebo se estou mais rígido ou se levo mais tempo para adaptar-me ás mudanças; se vou sem pensar e encaro com disposição o novo. Percebo que com esta ou aquela pessoa é mais fácil; sinto quando quero impor meu ritmo ou como eu sinalizo que não quero ser dominado ....Ninguém fala nada, apenas escuto o meu corpo.

Várias trocas e outros exercícios, sempre associados a uma música especifica, vão se sucedendo para deflagrar as vivencias de cada situação proposta. A vivencia é a chave mestra de todo o processo. A vivencia é a emoção vivida no instante mesmo. No aqui e agora. Quanto maior a entrega ao momento vivido, ao aqui e agora, maior possibilidade de ir-se integrando todos os nossos potencias de vida. Por isso não se analisa, não se pensa, não racionalizamos o que não pode ser contado, mas vivenciado. Quanto mais presente eu estiver naquela relação, naquela proposta, maior será a possibilidade de eu me perceber por inteira, não por partes ou por órgãos.

Sentir a vida pulsando dentro de mim, sentir que a alegria de viver está presente em todos os meus órgãos, se recriando a todo o instante, buscando a saúde, apesar dos maus tratos que eu inflijo a meu corpo.

Sentir que eu posso recriar a minha existência, a partir dos meus próprios gestos. Sentir que existe mais amor dentro e fora de mim do que eu própria podia imaginar. Sentir que o meu corpo é fonte de prazer, de sensualidade e de comunicação com o mundo.

Vivenciar a experiência máxima de estar vivo e interagindo com os outros, com o planeta é tornar-se integro, uno com a própria vida.

Assim, nas palavras de Rolando Toro :

“Biodanza é um sistema que favorece o desenvolvimento e integração dos potenciais humanos e a renovação existencial através de vivencias integradoras induzidas pela música, pelo movimento e pelo encontro.”

Yubliss mantém um fórum aberto sobre Biodanza. Cadastre-se e participe.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Psicologia Transpessoal

por Léo Matos

"A Psicologia Transpessoal é uma ciência que aborda e estuda o homem em sua totalidade (Matos, 1979). Aqui o homem é visto não apenas como um indivíduo per se ou como um indivíduo na sociedade, mas as suas relações ecológicas e cósmicas são de suma importância. Desse modo, a Psicologia Transpessoal inclui outras abordagens científicas, como a medicina, antropologia, sociologia, física, química, matemática, astronomia e metafísica. Esta ‘nova’ ciência é basicamente inter-cultural e desse modo outras culturas de todas as épocas, com as suas várias abordagens da vida (psicológica religiosa, médica, etc ) são estudadas.

A psicologia transpessoal utiliza elementos de outras escolas de psicologia como o behaviorismo, a psicanálise, a psicologia junguiana, a psicologia humanista, e estuda especialmente a consciência humana que transcende a pessoa e o conceito de ego. Portanto, a psicologia transpessoal pode ser definida como o estudo científico dos estados de consciência."

Gostou? Quer mais? YuBliss está com um fórum aberto sobre Psicologia Transpessoal, com a psicóloga Marcia Tabone respondendo às perguntas dos usuários. Cadastre-se em YuBliss e participe você também da discussão.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Joseph Campbell e eu

(por Luiz Biajoni)

Os livros de Campbell já salvaram a minha vida. E não foi uma vez só não. Depois de vagar atrás de uma religião, depois de ler filósofos, procurar externamente as respostas para as dúvidas existenciais todas, encontrei sentido em tudo lendo Campbell. Primeiro "O Poder do Mito", depois todos os outros, inclusive os volumes de "As Máscaras de Deus". O que ele diz? Bem, ele diz que tudo o que é externo, não interessa. Ou quase não interessa. Sua teoria do monomito vem sendo usada há décadas por Hollywood, que aprendeu que as histórias são sempre as mesmas, e elas têm que ser contadas sempre, ad infinitum, para satisfazer essa necessidade que o homem tem de um espelho, de um mito para se plasmar. Ele acha que não devemos nos plasmar nos mitos, mas podemos aprender com eles, encontrar o nosso próprio herói interior a partir das histórias míticas - e até de outras, mais prosaicas. Assim, precisamos de Jesus, com sua história sendo contada sempre, há dois mil anos, diariamente nas igrejas. As histórias, em si, são sempre as mesmas, assim como a história de Jesus é igual à de Buda e à de Moisés, entre outros. A história, em si, quase não importa: elas servem como metáforas para idéias maiores, idéias que devemos tentar apreender - e não compreender, muito menos como História, como insistem os religiosos fanáticos.


Compreender que o mistério é inalcançável, que se filósofos poderosos não conseguiram decifrar as questões existenciais - e não sou eu quem vai conseguir, que o inexplicável da vida é a sua beleza, que a poesia sublima nossa existência e que estamos todos intrinsecamente sozinhos e ao mesmo tempo juntos nessa nave Gaia - portanto todos dependemos uns dos outros, devemos respeitar o outro acima de tudo, especialmente por conta dessa interdependência e por mais: por sermos dotados de inteligência e racionalidade, qualidades que devem levar para longe a violência e a agressividade. A metáfora que Camplbell sempre usava para exprimir tudo isso tinha origem oriental. Ele gostava de contar que certa vez conheceu um sábio chinês que disse não compreender as religiões ocidentais, com suas rezas e toda racionalização. Campbell perguntou como os orientais se conectavam com o mistério, e o chinês respondeu: "Nós dançamos". Dançar, no sentido religioso oriental, é desviar dos passos do grande dragão. O dragão está aí, no mundo, ele é gigante e invisível. Ele está caminhando por entre as pessoas e se a gente dança, sai do raio de ação de suas patas. Assim, dançar é também estar sempre em movimento. Movimentar-se de maneira intuitiva, deixando a vida fluir, estando atento à tudo, mas sem a obsessão da razão, flanar com satisfação pelo mundo, viver plenamente. Para dizer tudo isso, Campbell cunhou a frase: "Follow your bliss". Sempre segui minha intuição e tudo ficou bem mais fácil depois de Campbell - ele me deu o guia para isso. Não sabia que um brasileiro, lá nos EUA, também fã de Campbell, ia ler um texto meu sobre o mitólogo. O texto foi publicado na Amálgama. Ele gostou. E me chamou para trabalhar em seu projeto de rede social diferente, uma rede social que privilegie as histórias de cada um, os mitos, as afinidades eletivas, que discuta temas adultos: o YuBliss.

Assim, através de Campbell, atentos à dança do universo, eu e John Lima nos tornamos amigos e estamos nessa viagem, tocando esse site, para o qual você está convidado - isso se a sua relação com a internet for além de fofoquinhas, celebridades e tuitadas toscas. Na segunda (26/10) e durante toda a semana realizo um fórum sobre Joseph Campbell e suas idéias em YuBliss. Estão todos convidados. Dêem uma olhada e participem - especialmente se a intuição disser que sim. Pode ser bem interessante.

Espero todos lá. :>)



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Medicina Humanística


Seguindo sua linha de fóruns de interesse geral, YuBliss promove mais um Fórum com o Especialista. Desta vez com o tema, Medicina Humanística.

"O Humanismo volta a estar na moda, ou pelo menos está na boca de muitos. E se aqueles que falam estão de algum modo congregados na área da assistência à saúde, o comum denominador das queixas e dos desejos de melhora acaba sendo a humanização, quer dizer, a falta da mesma.

Sente-se essa ausência, mas não se conhece exatamente o caminho que nos pode levar a sanar essa deficiência. O humanismo médico, juntamente com o enfoque à atenção primária à saúde, a educação médica e a formação de lideranças, consiste exatamente em um dos pilares que sustentam a Medicina de Família, especialidade médica que se baseia no cuidado integral, numa assistência à pessoa enferma, em detrimento de um órgão específico: um compromisso entre dois seres humanos.

O conceito de Medicina Humanística, de "humanização na saúde" é abrangente e não se restringe a alguma especialidade médica em específico, tampouco à área da Medicina. É um movimento que tem seu esboço por volta dos anos anos 70 e vem só tem crescido até hoje, sobretudo na ultima década. Veio junto com os ideais de liberdade, direitos humanos, defesa da ecologia, justiça social. Segundo Fritjof Capra, faz parte de um processo global da evolução da humanidade.

O que hoje chamamos de Medicina Humanistica, relaciona-se mais especificamente a um movimento a favor de uma maior sensibilização dos profissionais de saúde quanto à atenção às pessoas que nos procuram. No campo da Medicina, a Medicina de Família representa bem o ideal de profissional que incentivamos. Não que todo médico deva fazer visita domiciliar, mas que o médico não se abstenha de ser amigo do paciente e sua família, sem medo de mostrar seus sentimentos, e assim, perceba e respeite o contexto em que cada pessoa é inserida e que cada um adoece de maneira peculiar, com diferentes interpretações para o "estar doente".

O fórum em YuBliss é conduzido pelos médicos dr Pablo González Blasco e dr Henrique Rego, que são os autores do texto acima.

Se você gostou desse assunto, aproveite para conhecer essa nova rede social brasileira na área de auto-conhecimento e exploração de si mesmo. Cadastre-se em YuBliss!